Sabia que amamentar o bebê logo após o nascimento pode reduzir a mortalidade neonatal, que ocorre nos primeiros 28 dias de vida? Por esse motivo, o mês de agosto é simbolizado pelo “Agosto Dourado“, representando a importância do incentivo à amamentação, sendo o dourado escolhido por ser o padrão ouro de qualidade do leite materno. A campanha visa promover a amamentação exclusiva até os seis meses de vida e sua continuidade até os dois anos ou mais.
O leite materno é considerado o melhor alimento para os bebês, pois ele fornece anticorpos da mãe para protegê-los contra diversas doenças, como diarreia, infecções respiratórias e alergias. Além disso, reduz o risco de hipertensão, colesterol alto, diabetes, sobrepeso e obesidade na vida adulta. A amamentação também contribui para o desenvolvimento facial da criança, fortalecendo dentes, favorecendo a fala e promovendo uma boa respiração, além de fortalecer os laços afetivos entre mãe e bebê.
Os benefícios não se limitam apenas aos bebês. As mães também são beneficiadas pela produção de leite e pelo ato de amamentar, reduzindo os riscos de hemorragias pós-parto e diminuindo as chances de desenvolver câncer de mama, ovários e colo do útero no futuro. Além disso, a amamentação protege contra doenças cardiovasculares e osteoporose.
Pega correta
A pega correta refere-se à maneira adequada de amamentar, garantindo que o bebê abocanhe não apenas o mamilo, mas também parte da aréola inferior. Isso é essencial para uma sucção eficaz, evitando que o bebê fique insatisfeito ou não ganhe peso adequadamente. Uma pega inadequada pode causar desconforto e fissuras nos seios, além de comprometer a produção de leite.
Os sinais de uma boa pega incluem: boca aberta em formato de “peixinho”, lábios voltados para fora, maior parte da aréola na boca do bebê, queixo encostado na mama e amamentação silenciosa. Caso a aréola esteja tensa, é recomendado retirar um pouco de leite manualmente antes da mamada.
Ajustando a posição
Quanto à posição para amamentar, é fundamental que a cabeça do bebê esteja alinhada com o corpo e a barriga dele voltada para a mãe. Algumas posições recomendadas incluem:
Tradicional: bebê apoiado no antebraço da mãe;
Invertido: recém-nascido posicionado abaixo do braço da mãe;
Cavalinho: bebê de frente para a mama, segurando cabeça e bumbum.
O importante é que a posição seja confortável tanto para a mãe quanto para o bebê.
Volta ao trabalho
Apesar dos desafios que podem surgir ao retornar ao trabalho, é possível conciliar a amamentação. A produção de leite depende do estímulo da sucção do bebê ou da extração manual ou com bomba. Realizar a extração algumas vezes ao dia pode ajudar a manter a amamentação mesmo quando a mãe estiver longe do bebê.
Amamentar pode não ser fácil para todas as mães, mas com certeza vale a pena pelo bem-estar e saúde tanto da criança quanto da mãe.