Dezembro Vermelho alerta para prevenção e diagnóstico precoce do HIV

Dados do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) mostram que, no ano de 2021, 38,4 milhões de pessoas viviam com o HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) no mundo todo. No Brasil, foram 13.501 casos notificados neste mesmo período, conforme dados do Ministério da Saúde. Todas essas estatísticas revelam que a infecção pelo vírus é uma realidade alarmante. Neste contexto, o Dezembro Vermelho busca sensibilizar a população com informações sobre prevenção, diagnóstico e tratamento como caminhos para enfrentar o vírus e a doença.

O HIV é um vírus que ataca as células de defesa do corpo, especificamente as células chamadas “CD 4”. Esse ataque enfraquece o organismo, tornando-o vulnerável a outras infecções. É comum que o indivíduo não tenha sintomas ou apresente sinais semelhantes a uma gripe comum, como febre, dor de cabeça, cansaço e inflamação na garganta.

A seguir, preparamos um guia com as principais perguntas e respostas sobre a doença.

 

Qual a diferença entre Aids e HIV?

AIDS ou SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Humana) é o nome dado para a doença caracterizada pela incapacidade do sistema imunológico de prevenir ou combater infecções. Ela ocorre quando existe infecção pelo HIV e o vírus tem tempo para se multiplicar e progredir, “fragilizando” o organismo do indivíduo.

 

O que o HIV causa no organismo?

O HIV se multiplica e destrói os linfócitos T-CD4+. Essas células são as responsáveis por identificar e sinalizar ao restante do sistema imune a presença de agentes infecciosos. Sem essa sinalização, o sistema imune não se manifesta contra estes agentes.

 

Como acontece a contaminação?

A transmissão ocorre pelo sangue ou secreções do indivíduo infectado. As formas de exposição podem ocorrer por relações sexuais desprotegidas, transmissão vertical (gestação, parto ou aleitamento), transfusão de hemoderivados, compartilhamento de seringas e acidentes com materiais biológicos ou perfurocortantes contaminados.

 

Quais são os principais sintomas?

Muitas pessoas não vão apresentar nenhum sinal ou sintoma durante muitos anos, o que não significa que o HIV tenha sido eliminado. Após algum tempo da manifestação da AIDS, as características mais comuns são febre constante, emagrecimento, suores noturnos e a ocorrência de infecções. As infecções agudas costumam causar febre, dor no corpo, linfonodopatia (gânglios inflamados) e cansaço.

 

Qual a importância do diagnóstico precoce?

Quanto antes a pessoa infectada com o vírus, bactéria ou outro microrganismo causador de IST (infecções sexualmente transmissíveis) iniciar o tratamento indicado, melhor para preservar o sistema imunológico e evitar complicações. Por isso, o acompanhamento médico é fundamental. A indicação é que todas as pessoas, ao fazerem exames anuais, sejam testadas para IST, principalmente aquelas que têm vida sexual ativa e com múltiplos parceiros.

 

Existe cura ou tratamento?

Apesar de já existirem relatos de pacientes que se curaram do HIV, com raros casos bem estudados, ainda não podemos afirmar que existe uma cura. O tratamento ocorre através de medicações, chamadas de antirretrovirais. Elas são capazes de controlar a infecção, impedir e até reverter a evolução para Aids.

 

É possível viver bem com o HIV?

Sim, é possível viver com o HIV e ter uma rotina comum, desde que com o tratamento. As medicações são eficazes, seguras, simples de tomar e muito bem toleradas.

 

Como se prevenir?

As formas de transmissão são bem conhecidas, assim os caminhos da prevenção:

  • Usar preservativos nas relações sexuais. Os parceiros devem realizar a testagem antes da decisão de não usar mais preservativos.
  • Ter cuidado com materiais cortantes, não compartilhando lâminas de barbear, navalhas, cortadores de cutículas ou similares.
  • Evitar o compartilhamento de seringas.
  • Certificar-se do uso de materiais descartáveis para transfusões de sangue, tatuagens, piercings e procedimentos estéticos.
  • Prevenir a transmissão vertical. Para isso, é muito importante que a gestante e seu parceiro realizem a testagem para HIV.

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