A gravidez é uma jornada transformadora repleta de momentos emocionantes e desafios únicos. Durante essa fase, a atenção à saúde da mãe torna-se fundamental para assegurar uma gestação tranquila e saudável. O último trimestre, abrangendo as semanas 28 a 40, é crucial para o desenvolvimento final do bebê e é um período marcado por mudanças significativas no corpo da gestante.
À medida que o bebê completa sua formação, é comum que a mãe experimente um aumento no desconforto físico. Apesar de cada gravidez ser única, algumas sensações são comuns entre as gestantes neste estágio avançado. Entre elas, destacam-se:
Refluxo ácido (azia): uma sensação de queimação no esôfago causada pelo aumento da pressão no estômago;
Dificuldades para respirar: resultado do crescimento do útero, que pressiona o diafragma.
Problemas de sono: distúrbios como insônia podem ocorrer devido ao desconforto físico e às mudanças hormonais;
Sensibilidade nos seios: a preparação para a amamentação pode causar sensibilidade e dor;
Umbigo saliente: o crescimento abdominal pode fazer com que o umbigo se projete para fora;
Inchaço: é comum observar inchaço nos dedos, rosto e tornozelos devido à retenção de líquidos.
Pré-natal
O acompanhamento pré-natal nos últimos três meses de gestação é de extrema importância para garantir a saúde tanto do feto quanto da mãe. Durante esse período, é essencial repetir todas as sorologias realizadas no início da gravidez. Entre a 24ª e a 28ª semana, há uma maior predisposição para o desenvolvimento de diabetes gestacional, tornando necessário um teste de tolerância oral à glicose, podendo ser repetido conforme necessário.
A partir da 28ª semana, a ultrassonografia obstétrica com Doppler é fundamental. Este exame permite monitorar o desenvolvimento do bebê, avaliando seu crescimento e peso. Além disso, verifica a quantidade de líquido amniótico, assim como a localização e maturidade da placenta. Durante a ultrassonografia, é realizada a dopplervelocimetria colorida, que estuda a circulação sanguínea materna e fetal.
O ecocardiograma fetal é outro exame importante, pois examina o desenvolvimento, função e anatomia do coração do bebê, possibilitando o diagnóstico precoce de doenças cardíacas congênitas. Por fim, o exame de detecção de estreptococo do grupo B identifica a presença desta bactéria nas regiões vaginal e anal, uma vez que pode ser transmitida ao bebê durante o parto normal.
Gestantes que trabalham fora
Para as mulheres que trabalham, é fundamental equilibrar suas responsabilidades profissionais com o cuidado necessário para garantir uma gravidez saudável. Estar gestante e trabalhar fora pode ser um desafio, mas é o que a maioria das mulheres enfrentam. Por isso gerenciar o trabalho durante o último trimestre é primordial.
Pausas regulares: pratique a pausa ativa para ajudar a aliviar a tensão muscular e melhorar a circulação sanguínea. Caminhar ou fazer alongamentos leves durante o dia pode ser benéfico;
Organização do espaço de trabalho: garanta que sua estação de trabalho seja ergonômica e confortável. Ter acesso fácil a água e alimentos saudáveis, pode fazer uma diferença significativa;
Gestão do estresse: técnicas de relaxamento como respiração profunda, meditação ou ioga podem ajudar a reduzir o estresse e aumentar o bem-estar mental;
Planejamento de tarefas: organize suas tarefas e priorize o que é mais importante. Delegar responsabilidades, se possível, pode aliviar a carga de trabalho;
Necessidade de planejamento para a licença maternidade: organizar o trabalho e preparar-se para a saída temporária é crucial.
Se você está se aproximando do final da gravidez e ainda trabalhando, lembre-se de que cada dia trará novas experiências. Priorizar o autocuidado, manter uma comunicação clara no ambiente de trabalho e seguir as orientações podem ajudar a tornar essa transição mais tranquila e positiva.
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Pontos a observar
Cada gestação é única e cada mulher a vivencia de maneira diferente, mas é importante estar atenta a certos sinais de alerta. Procure orientação médica imediata se você perceber:
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Sangramento intenso;
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Dores de cabeça acompanhadas de manchas ou luzes piscantes que persistem;
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Inchaço súbito ou extremo;
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Diminuição dos movimentos fetais.
Contrações de Braxton Hicks
No último trimestre, você pode começar a sentir contrações conhecidas como Braxton Hicks. Estas são contrações de treinamento que preparam seu corpo para o trabalho de parto real. Elas podem se assemelhar a cólicas menstruais ou a um aperto no abdômen. Embora não haja tratamento médico específico para essas contrações, algumas medidas podem ajudar a aliviar o desconforto:
Hidratação: certifique-se de beber bastante água;
Mudança de posição: alterar a postura, como levantar-se ou dar uma pequena caminhada, pode proporcionar alívio;
Relaxamento: descanse, leia um livro ou ouça música suave para ajudar a relaxar.
Se as contrações se tornarem mais frequentes ou intensas e não diminuírem, entre em contato com seu médico para uma avaliação. Inclusive, neste período as consultas com seu profissional de saúde aumentarão significativamente.
A partir da 34ª semana, é comum agendar visitas semanais para monitorar a saúde do bebê e da mãe.
O último trimestre: um fim e um começo
O terceiro trimestre marca tanto o encerramento quanto o início de uma nova fase. Embora o trabalho de gestar esteja quase concluído, a jornada da maternidade está prestes a começar. Aproveite este período para se preparar e planejar a chegada do bebê, mas também para relaxar e cuidar de si mesma. Tirar um tempo para o autocuidado agora pode fazer uma diferença significativa em sua experiência de parto e em sua adaptação à maternidade.
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